Ato de sonhar.

Fecho os olhos e a escuridão que vejo começa a se colorir.
Logo vêm os tons de amarelo formando seu rosto em minha mente.
Mente tola essa, que mesmo fraca insiste em pensar nas bobagens escritas entre suas vírgulas, tão apreciadas por seu alterego.
Em meus sonhos tudo acontece de forma magnânima, como se felicidade fosse à coisa mais simples que existe.
Foi em meio dessas ilusões que meu telefone tocou, voltei à sala onde me esperavam ansiosos.
Sua surpresa ao me ver era contagiante. Ao fundo uma musica tocada no violão por um aluno inexperiente, embalou essa noite.

De repente alguém bate em minha porta e acordo, minutos depois volto a dormir.
Sempre desejo voltar ao sonho que me faz bem, mas nessa noite, não.
Sentia-me aliviado por não estar mais em sua presença, que mesmo em sonho me perturba.
Mas como minha mente ainda esta vagando no bosque azul que pintaste noites atrás, voltei a ilusão do bem estar que é sonhar com você.


Outra vez estou ao seu lado. Durante sua dança, enquanto fuma seu cigarro, no mesmo momento em que você, com sua cara de pau me ignora.
Sempre estou.
Apenas estou.
Estou.
E fico aqui mesmo quanto meu convite se perde em meio a tantos.
Mas quem disse que sonhos têm que ser bons? Afinal existem os pesadelos.
Esses que nos fazem acordar suados. Assim como acordei essa manhã. Mas não foi de medo que isso ocorreu. Foi de outra sensação. Essa muito apreciada. Mas novamente ficou ali. Em meu sonho. Em meio aos cobertores, debaixo de meu travesseiro, ali onde voltarei horas depois, ainda pensando em você. Culpa da minha mente.
Oh, que inconveniente que é você, mente enganada. Mente apaixonada.